ILOSOFIA
01- Considere a citação abaixo: "Sócrates: Tomemos como princípio que todos os poetas, a começar por Homero, são simples imitadores das aparências da virtude e dos outros assuntos de que tratam, mas que não atingem a verdade. São semelhantes nisso ao pintor de que falávamos há instantes, que desenhará uma aparência de sapateiro, sem nada entender de sapataria, para pessoas que, não percebendo mais do que ele, julgam as coisas segundo a aparência?" Glauco - "Sim". Fonte: PLATÃO. A República. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p.328. Com base no texto acima e nos conhecimentos sobre a mímesis em Platão, assinale a alternativa correta. a) Platão critica a pintura e a poesia porque ambas são apenas imitações diretas da realidade. b) Para Platão, os poetas e pintores têm um conhecimento válido dos objetos que representam. c) Tanto os poetas quanto os pintores estão, segundo a teoria de Platão, afastados dois graus da verdade. d) Platão critica os poetas e pintores porque estes, à medida que conhecem apenas as aparências, não têm nenhum conhecimento válido do que imitam ou representam. e) A poesia e a pintura são criticadas por Platão porque são cópias imperfeitas do mundo das idéias. 02- Tendo por base o método cartesiano da dúvida, é correto afirmar que: a) Este método visa a remover os preconceitos e opiniões preconcebidas e encontrar uma verdade indubitável. b) Ao engendrar a dúvida hiperbólica, o objetivo de Descartes era provar que suas antigas opiniões, submetidas ao escrutínio da dúvida, eram verdadeiras. c) A dúvida hiperbólica é engendrada por Descartes para mostrar que não podemos rejeitar como falso o que é apenas dubitável. d) Só podemos dar assentimento às opiniões respaldadas pela tradição. e) A dúvida metódica surge, no espírito humano, involuntariamente. 03- Leia o texto a seguir. "Dado que todo súdito é por instituição autor de todos os atos e decisões do soberano instituído, segue-se que nada do que este faça pode ser considerado injúria para com qualquer de seus súditos, e que nenhum deles pode acusá-lo de injustiça". Fonte: HOBBES, T. Leviatã, ou, Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 109. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contratualismo de Hobbes, é correto afirmar: a) O soberano tem deveres contratuais com os seus súditos. b) O poder político tem como objetivo principal garantir a liberdade dos indivíduos. c) Antes da instituição do poder soberano, os homens viviam em paz. d) O poder soberano não deve obediência às leis da natureza. e) Acusar o soberano de injustiça seria como acusar a si mesmo de injustiça. 04- "De acordo com a ética do Discurso, uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um Discurso prático, a um acordo quanto à validez dessa norma". Fonte: Habermas, J. Consciência moral e agir comunicativo. Tradução de Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989, p.86. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Ética do Discurso de Habermas, assinale a alternativa correta: a) O princípio possibilitador do consenso deve assegurar que somente sejam aceitas como válidas as normas que exprimem um desejo particular. b) Nas argumentações morais basta que um indivíduo reflita se poderia dar seu assentimento a uma norma. c) Os problemas que devem ser resolvidos em argumentações morais podem ser superados apenas monologicamente. d) O princípio que norteia a ética do discurso de Habermas expressa-se, literalmente, nos mesmos termos do imperativo categórico kantiano. e) Uma norma só poderá ser considerada correta se todos os envolvidos estiverem de acordo em dar-lhe o seu consentimento. 05- Segundo Francis Bacon, "são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro". Fonte: BACON, F. Novum Organum. Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21. Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da Tribo são: a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos. b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos. c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas. d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de demonstração. e) Aqueles fundados na própria natureza humana. 06- Na segunda seção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant nos oferece quatro exemplos de deveres. Em relação ao segundo exemplo, que diz respeito à falsa promessa, Kant afirma que uma "pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: Não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: Quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedilo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá". Fonte: KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 130. De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a moral kantiana, considere as afirmativas a seguir: I. Para Kant, o princípio de ação da falsa promessa não pode valer como lei universal. II. Kant considera a falsa promessa moralmente permissível porque ela será praticada apenas para sair de uma situação momentânea de apuros. III. A falsa promessa é moralmente reprovável porque a universalização de sua máxima torna impossível a própria promessa. IV. A falsa promessa é moralmente reprovável porque vai de encontro às inclinações sociais do ser humano. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I e II b) I e III c) II e IV d) I, II e III e) I, II e IV 07- "Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos". Fonte: CORTINA, A.; MARTÍNEZ, E. Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 9. Com base no texto e na compreensão da ética aristotélica, é correto afirmar que a ética: a) Orienta-se pelo procedimento formal de regras universalizáveis, como meio de verificar a correção ética das normas de ação. b) Adota a situação ideal de fala como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a partir da negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos. c) Pauta-se pela teleologia, indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe sejam peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente. d) Contempla o hedonismo, indicando que o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na felicidade e esta consiste na realização plena dos prazeres. e) Baseada no emotivismo, busca justificar a atitude ou o juízo ético mediante o recurso dos próprios sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas. 08- "Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu problema último - da origem e essência das coisas - as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo." Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto afirmar: a) Em que pese ser considerada como criação dos gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo da religião e apenas posteriormente chega à Grécia. b) A filosofia representa uma ruptura radical em relação aos mitos, representando uma nova forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens. c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual. d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de interdependência, uma vez que o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar. e) O mito já era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que até hoje são objeto da pesquisa filosófica. 09- "E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar". Fonte: Descartes, R. Discurso do Método. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 46. Com base na citação acima e nos conhecimentos sobre Descartes, assinale a alternativa correta: a) Para Descartes, é mais fácil conhecer o corpo do que a alma. b) Descartes estabelece que a alma tem uma natureza puramente intelectual. c) Segundo Descartes, a verdade da res extensa precede a verdade da res cogitans. d) O eu penso, logo existo revela a perspectiva cartesiana em considerar primeiramente aquilo que é complexo. e) A união da alma e do corpo revela que eles possuem a mesma substância. 10- "Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso é o prazer que nos proporcionam os nossos sentidos; pois, ainda que não levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos; e, acima de todos os outros, o sentido da visão". Mais adiante, Aristóteles afirma: "Por outro lado, não identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles nos proporcionem o conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem, contudo, o porquê de coisa alguma". Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 36 e 38. Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a metafísica de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir. I. Para Aristóteles, o desejo de conhecer é inato ao homem. II. O desejo de adquirir sabedoria em sentido pleno representa a busca do conhecimento em mais alto grau. III. O grau mais alto de conhecimento manifesta-se no prazer que sentimos em utilizar nossos sentidos. IV. Para Aristóteles, a sabedoria é a ciência das causas particulares que produzem os eventos. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I e II b) II e IV c) I, II e III d) I, III e IV e) II, III e IV 11- "Assim como a natureza ensinou-nos o uso de nossos membros sem nos dar o conhecimento dos músculos e nervos que os comandam, do mesmo modo ela implantou em nós um instinto que leva adiante o pensamento em um curso correspondente ao que ela estabeleceu para os objetos externos, embora ignoremos os poderes e as forças dos quais esse curso e sucessão regulares de objetos totalmente dependem". Fonte: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. Tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora UNESP, 1999, p.79-80. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Hume, assinale a alternativa correta: a) Para Hume, o princípio responsável por nossas inferências causais chama-se instinto de autoconservação. b) Entre o curso da natureza e o nosso pensamento não há qualquer correspondência. c) Na teoria de Hume, a atividade mental necessária à nossa sobrevivência é garantida pelo conhecimento racional das operações da natureza. d) O instinto ao qual Hume se refere chama-se hábito ou costume. e) Segundo Hume, são os raciocínios a priori que garantem o conhecimento das questões de fato. 12- "A filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: "Tudo é um". A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego". Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 43. Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, considere as afirmativas a seguir. I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos a um único princípio do qual todas as coisas e fenômenos derivam. II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição "Tudo é um". III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério mostra o aspecto filosófico do pensamento de Tales. IV. O Pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da virtude. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I e II b) II e III c) I e IV d) I, II e IV e) II, III e IV 13- "Em todos os juízos em que for pensada a relação de um sujeito com o predicado [...], essa relação é possível de dois modos. Ou o predicado B pertence ao sujeito A como algo contido (ocultamente) nesse conceito A, ou B jaz completamente fora do conceito A, embora esteja em conexão com o mesmo. No primeiro caso, denomino o juízo analítico, no outro sintético". Fonte: KANT, I. Crítica da Razão Pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.27. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a distinção kantiana entre juízos analíticos e sintéticos, assinale a alternativa que apresenta um juízo sintético a posteriori: a) Todo corpo é extenso. b) Todo corpo é pesado. c) Tudo que acontece tem uma causa. d) 7 + 5 = 12. e) Todo efeito tem uma causa. 14- "Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de verão, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a essa definição, é fácil identificar os fatores sociais específicos que condicionam o declínio atual da aura. Ele deriva de duas circunstâncias, estreitamente ligadas à crescente difusão e intensidade dos movimentos de massas. Fazer as coisas "ficarem mais próximas" é uma preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência a superar o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade". Fonte: BENJAMIN, W. "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica". In: Magia e Técnica, Arte e Política. Obras Escolhidas. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 170. Com base no texto e nos conhecimentos sobre Benjamin, assinale a alternativa correta: a) Ao passar do campo religioso ao estético, a obra de arte perdeu sua aura. b) Ao se tornarem autônomas, as obras de arte perderam sua qualidade aurática. c) O declínio da aura decorre do desejo de diminuir a distância e a transcendência dos objetos artísticos. d) O valor de culto de uma obra de arte suscita a reprodutibilidade técnica. e) O declínio da aura não tem relação com as transformações contemporâneas. 15- Karl Popper, em "A lógica da investigação científica", se opõe aos métodos indutivos das ciências empíricas. Em relação a esse tema, diz Popper: "Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos". Fonte: POPPER, K. R. A lógica da investigação científica. Tradução de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3. Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa correta: a) Para Popper, qualquer conclusão obtida por inferência indutiva é verdadeira. b) De acordo com Popper, o princípio da indução não tem base lógica porque a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão. c) Uma inferência indutiva é aquela que, a partir de enunciados universais, infere enunciados singulares. d) A observação de mil cisnes brancos justifica, segundo Popper, a conclusão de que todos os cisnes são brancos. e) Para Popper, a solução para o problema do princípio da indução seria passar a considerá-lo não como verdadeiro, mas apenas como provável. 16- "Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem-sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir". Fonte: MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Tradução de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102. Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Príncipe de Maquiavel, assinale a alternativa correta: a) Os homens não devem recorrer ao combate pela força porque é suficiente combater recorrendo-se à lei. b) Um príncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente terá êxito em manter-se no poder. c) O príncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais. d) Para conservar o Estado, o príncipe deve sempre partir e se servir do bem. e) Para a conservação do poder, é necessário admitir a insuficiência da força representada pelo leão e a importância da habilidade da raposa. 17- "E justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo, e que distribui, seja entre si mesmo e um outro, seja entre dois outros, não de maneira a dar mais do que convém a si mesmo e menos ao seu próximo (e inversamente no relativo ao que não convém), mas de maneira a dar o que é igual de acordo com a proporção; e da mesma forma quando se trata de distribuir entre duas outras pessoas". Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 89. De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a justiça em Aristóteles, é correto afirmar: a) É possível que um homem aja injustamente sem ser injusto. b) A justiça é uma virtude que não pode ser considerada um meio-termo. c) A justiça corretiva deve ser feita de acordo com o mérito. d) Os partidários da democracia identificam o mérito com a excelência moral . e) Os partidários da aristocracia identificam o mérito com a riqueza. 18- "A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhe faltava. E só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas sua pessoa, vê-se forçado a agir, baseando-se em outros princípios e a consultar a razão antes de ouvir suas inclinações". Fonte: ROUSSEAU, J. Do contrato social. Tradução de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.77. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contratualismo de Rousseau, assinale a alternativa correta: a) Por meio do contrato social, o homem adquire uma liberdade natural e um direito ilimitado. b) O homem no estado de natureza é verdadeiramente senhor de si mesmo. c) A obediência à lei que se estatui a si mesmo é liberdade. d) A liberdade natural é limitada pela vontade geral. e) Os princípios, que dirigem a conduta dos homens no estado civil, são os impulsos e apetites. 19- "Ora, nós chamamos aquilo que deve ser buscado por si mesmo mais absoluto do que aquilo que merece ser buscado com vistas em outra coisa, e aquilo que nunca é desejável no interesse de outra coisa mais absoluto do que as coisas desejáveis tanto em si mesmas como no interesse de uma terceira; por isso chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa". Fonte: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Nova Cultural, 1987, 1097b, p. 15. De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a ética de Aristóteles, assinale a alternativa correta: a) Segundo Aristóteles, para sermos felizes é suficiente sermos virtuosos. b) Para Aristóteles, o prazer não é um bem desejado por si mesmo, tampouco é um bem desejado no interesse de outra coisa. c) Para Aristóteles, as virtudes não contam entre os bens desejados por si mesmos. d) A felicidade é, para Aristóteles, sempre desejável em si mesma e nunca no interesse de outra coisa. e) De acordo com Aristóteles, para sermos felizes não é necessário sermos virtuosos. 20- De acordo com seu conhecimento sobre a ética de Spinoza, é correto afirmar: a) A necessidade não se aplica às ações livres do homem. b) O homem virtuoso procura agir com compaixão. c) A felicidade é o prêmio da virtude, pois a ação virtuosa tem como recompensa a felicidade. d) Quanto mais um homem se esforça por preservar o seu ser, mais ele é virtuoso. e) O homem é mais livre na solidão, pois aí ele só obedece a si mesmo. GABARITO: 1D 2A 3E 4E 5E 6B 7C 8C 9B 10A 11D 12A 13B 14C 15B 16E 17A 18C 19D 20D | |||
Compreendo os textos
Façam os exercícios, imprimam e deixem na pasta nova
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Compreensão ( em filosofia)
terça-feira, 9 de junho de 2015
Gramática. Imprima, coloque nome. Entregue.
Morfossintaxe - Exercícios
1. Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:
a) todos;
b) fazenda;
c) vizinha;
d) vaqueiros;
e) pressas.
2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:
a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).
3. Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
a) subentendido;
b) composto e determinado;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) simples e determinado.
4. Indique a única frase que não tem verbo de ligação:
a) o sol estava muito quente;
b) nossa amizade continua firme;
c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste;
e) ele andava rapidamente.
5. Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação;
b) de ligação - intransitivo;
c) de ligação - transitivo - indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto;
e) de ligação - transitivo direto.
6. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
7. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é:
a) adjunto adnominal;
b) vocativo;
c) predicativo;
d) aposto;
e) sujeito simples.
8. Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) sujeito;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
9. Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. Qual?
a) Meu pensamento é subordinado ao seu.
b) Você não deve faltar ao encontro.
c) Irei à sua casa amanhã.
d) Venho da cidade às três horas.
e) Voltaremos pela rua escura ...
10. Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente:
a) complemento nominal e predicativo do sujeito;
b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito;
c) adjunto adnominal e objeto direto;
d) complemento nominal e adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.
11. “Diga ao povo que fico” é um período:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de três orações.
12. Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiança nofuturo
- Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como:
a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal;
b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto;
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal;
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto;
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal.
13. O predicado é nominal em:
I - Você acha Cristina bonita, mamãe?
II - O mundo podia ser tranquilo.
III - “Zé Mané” não estava embriagado.
IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos.
V - Os transeuntes ficaram assustados.
a) I - II - III;
b) II - III;
c) II - IV;
d) III - IV - V - II;
e) I - II - IV.
14. Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada funciona como:
a) sujeito;
b) aposto;
c) vocativo;
d) adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal.
15. Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________.
a) detera; houve; os ajudasse;
b) detivera; houve; os ajudasse;
c) detera; teve; ajudasse eles;
d) detivera; houve; ajudasse eles;
e) detivera; teve; os ajudasse.
16. Se ele _________, não ___________ de rogado, ___________ que não os receberei.
a) vir – te faças – diz-lhe
b) vier – te faz – diz-lhe
c) vir – te faça – dizer-lhe
d) vier – te faças – dize-lhe
e) ier – te faças – diga-lhe
17. “Ele ___________ o carro a tempo, mas não ____________ a irritação e ___________ - se com o outro motorista”.
a) freou – conteve – desaveio
b) freiou – conteu – desaveu
c) freou – conteve – desaviu
d) freiou – conteve – desaveio
18. Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:
a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.
b) Ele interviu na questão.
c) Eles foram pegos de surpresa.
d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.
e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.
19. – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.
a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
b) por isso, porque, mas, portanto, que
c) logo, porém, pois, porque, mas
d) porém, pois, logo, todavia, porque
e) entretanto, que, porque, pois, portanto
20. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
21- Determine o valor semântico das conjunções: adição, oposição, escolha, conclusão, explicação, causa, comparação, condição, concessão.
a) Não só conversa como também atrapalha os colegas.
b) Faça estes exercícios, pois fazem parte da matéria da prova.
c) O sol demorou a surgir, por isso fomos à praia mais tarde.
d) Eram idéias interessantes, porém ninguém concordou com elas.
e) Não cumpriu sua promessa; ficamos, portanto, desapontados com sua atitude.
f) Como é estudioso sempre sai na frente.
g) Vocês são mais estudiosos que os outros
i) Caso vá à festa, avise-me.
j) À proporção que estuda mais aprende.
22. Observe as frases abaixo:
1. O perigo de desabamento está próximo.
2. No levantamento da população de São Paulo houve distorções.
3. Na repartição das armas, a presença do furriel é importante.
4. Toda espécie de contrabando de drogas deve ser repreendido.
Os vocábulos grifados equivalem respectivamente a:
a) iminente, censo, seção e tráfego.
b) iminente, censo, seção e tráfico.
c) eminente, senso, cessão e tráfico.
d) eminente, senso, sessão e tráfego.
23. Quanto à paronímia, assinale a alternativa correta:
a) O meu pai sempre foi um pião de fábrica, um líder no lar, um homem justo.
b) Diante de minha sólida argumentação, só restou ao tenente diferir meu requerimento.
c) Tive gana de provocar um prejuízo vultuoso na firma. Afinal, era um bom tesoureiro.
d) Não o cria tão insensível quanto parecia. A discrição impunha-lhe tenaz
responsabilidade.
24. A alternativa que representa o par de orações em que ocorre o mesmo caso de
homonímia é:
a) O alfaiate coseu bem o terno. / O marido cozeu o feijão.
b) Cerraram todas as portas durante a greve. / Serraram as madeiras.
c) A aluna foi descriminada pela sua falta. / Os colegas a discriminaram.
d) Ele passou-lhe um cheque sem fundo. / Deu-lhe um xeque no jogo de xadrez.
e) Tudo ocorreu antes, como havíamos previsto. / Quando estou com fome, como
qualquer coisa.
25. Assinale a alternativa em que a associação está correta:
I. Deus fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem.
II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do Amor.
III. Sabemos que o homem chegou à Lua.
IV. Com aquela viagem, queria ter uma visão ampla sobre a situação do Brasil no mundo atual.
A- Período composto por coordenação.
B- Período composto por subordinação.
C- Período simples.
D- Período composto por coordenação e subordinação.
( )I-A; II-B; III-C; IV-D
( )I-B; II-A; III-D; IV-C
(X )I-A; II-D; III-B; IV-C
a) todos;
b) fazenda;
c) vizinha;
d) vaqueiros;
e) pressas.
2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:
a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).
3. Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
a) subentendido;
b) composto e determinado;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) simples e determinado.
4. Indique a única frase que não tem verbo de ligação:
a) o sol estava muito quente;
b) nossa amizade continua firme;
c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste;
e) ele andava rapidamente.
5. Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação;
b) de ligação - intransitivo;
c) de ligação - transitivo - indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto;
e) de ligação - transitivo direto.
6. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
7. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é:
a) adjunto adnominal;
b) vocativo;
c) predicativo;
d) aposto;
e) sujeito simples.
8. Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) sujeito;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
9. Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. Qual?
a) Meu pensamento é subordinado ao seu.
b) Você não deve faltar ao encontro.
c) Irei à sua casa amanhã.
d) Venho da cidade às três horas.
e) Voltaremos pela rua escura ...
10. Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente:
a) complemento nominal e predicativo do sujeito;
b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito;
c) adjunto adnominal e objeto direto;
d) complemento nominal e adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.
11. “Diga ao povo que fico” é um período:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de três orações.
12. Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiança nofuturo
- Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como:
a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal;
b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto;
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal;
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto;
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal.
13. O predicado é nominal em:
I - Você acha Cristina bonita, mamãe?
II - O mundo podia ser tranquilo.
III - “Zé Mané” não estava embriagado.
IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos.
V - Os transeuntes ficaram assustados.
a) I - II - III;
b) II - III;
c) II - IV;
d) III - IV - V - II;
e) I - II - IV.
14. Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada funciona como:
a) sujeito;
b) aposto;
c) vocativo;
d) adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal.
15. Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________.
a) detera; houve; os ajudasse;
b) detivera; houve; os ajudasse;
c) detera; teve; ajudasse eles;
d) detivera; houve; ajudasse eles;
e) detivera; teve; os ajudasse.
16. Se ele _________, não ___________ de rogado, ___________ que não os receberei.
a) vir – te faças – diz-lhe
b) vier – te faz – diz-lhe
c) vir – te faça – dizer-lhe
d) vier – te faças – dize-lhe
e) ier – te faças – diga-lhe
17. “Ele ___________ o carro a tempo, mas não ____________ a irritação e ___________ - se com o outro motorista”.
a) freou – conteve – desaveio
b) freiou – conteu – desaveu
c) freou – conteve – desaviu
d) freiou – conteve – desaveio
18. Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:
a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.
b) Ele interviu na questão.
c) Eles foram pegos de surpresa.
d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.
e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.
19. – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.
a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
b) por isso, porque, mas, portanto, que
c) logo, porém, pois, porque, mas
d) porém, pois, logo, todavia, porque
e) entretanto, que, porque, pois, portanto
20. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
21- Determine o valor semântico das conjunções: adição, oposição, escolha, conclusão, explicação, causa, comparação, condição, concessão.
a) Não só conversa como também atrapalha os colegas.
b) Faça estes exercícios, pois fazem parte da matéria da prova.
c) O sol demorou a surgir, por isso fomos à praia mais tarde.
d) Eram idéias interessantes, porém ninguém concordou com elas.
e) Não cumpriu sua promessa; ficamos, portanto, desapontados com sua atitude.
f) Como é estudioso sempre sai na frente.
g) Vocês são mais estudiosos que os outros
i) Caso vá à festa, avise-me.
j) À proporção que estuda mais aprende.
22. Observe as frases abaixo:
1. O perigo de desabamento está próximo.
2. No levantamento da população de São Paulo houve distorções.
3. Na repartição das armas, a presença do furriel é importante.
4. Toda espécie de contrabando de drogas deve ser repreendido.
Os vocábulos grifados equivalem respectivamente a:
a) iminente, censo, seção e tráfego.
b) iminente, censo, seção e tráfico.
c) eminente, senso, cessão e tráfico.
d) eminente, senso, sessão e tráfego.
23. Quanto à paronímia, assinale a alternativa correta:
a) O meu pai sempre foi um pião de fábrica, um líder no lar, um homem justo.
b) Diante de minha sólida argumentação, só restou ao tenente diferir meu requerimento.
c) Tive gana de provocar um prejuízo vultuoso na firma. Afinal, era um bom tesoureiro.
d) Não o cria tão insensível quanto parecia. A discrição impunha-lhe tenaz
responsabilidade.
24. A alternativa que representa o par de orações em que ocorre o mesmo caso de
homonímia é:
a) O alfaiate coseu bem o terno. / O marido cozeu o feijão.
b) Cerraram todas as portas durante a greve. / Serraram as madeiras.
c) A aluna foi descriminada pela sua falta. / Os colegas a discriminaram.
d) Ele passou-lhe um cheque sem fundo. / Deu-lhe um xeque no jogo de xadrez.
e) Tudo ocorreu antes, como havíamos previsto. / Quando estou com fome, como
qualquer coisa.
25. Assinale a alternativa em que a associação está correta:
I. Deus fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem.
II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do Amor.
III. Sabemos que o homem chegou à Lua.
IV. Com aquela viagem, queria ter uma visão ampla sobre a situação do Brasil no mundo atual.
A- Período composto por coordenação.
B- Período composto por subordinação.
C- Período simples.
D- Período composto por coordenação e subordinação.
( )I-A; II-B; III-C; IV-D
( )I-B; II-A; III-D; IV-C
(X )I-A; II-D; III-B; IV-C
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Crianças, gatinhos e patinhos. Luiz Felipe Pondé
EXERCÍCIOS DE REDAÇÃO
Escreva em itens as principais críticas feitas por Pondé.
Escreva em itens as principais críticas feitas por Pondé.
O mundo fica a cada dia mais
ridículo. Hoje, para provar essa tese, darei três exemplos de ideias
equivocadas que assumem ares de coisa séria.
Duas delas
vêm da pedagogia, das escolas de crianças, um dos campos em que o absurdo tomou
conta das pessoas. As escolas viraram laboratórios de "experiências"
em muitas áreas. Em vez de ensinar as capitais dos Estados e dos países, querem
ensinar as crianças como elas devem se sentir (o que é "correto"
sentir) diante das coisas. Muita dessa gente nem tem "moral" para
pregar para os outros. Não confio em ninguém que posa de "correto".
Vamos ao
primeiro exemplo. Tenho ouvido falar que em muitas escolas virou costume fazer
um dia em que meninos vão vestidos de meninas e meninas vão vestidas de
meninos.
O
mundo fica a cada dia mais ridículo. Hoje, para provar essa tese, darei três
exemplos de ideias equivocadas que assumem ares de coisa séria.
Duas
delas vêm da pedagogia, das escolas de crianças, um dos campos em que o absurdo
tomou conta das pessoas. As escolas viraram laboratórios de
"experiências" em muitas áreas. Em vez de ensinar as capitais dos
Estados e dos países, querem ensinar as crianças como elas devem se sentir (o
que é "correto" sentir) diante das coisas. Muita dessa gente nem tem
"moral" para pregar para os outros. Não confio em ninguém que posa de
"correto".
Vamos
ao primeiro exemplo. Tenho ouvido falar que em muitas escolas virou costume
fazer um dia em que meninos vão vestidos de meninas e meninas vão vestidas de
meninos.
Na
cabeça desse povo, esse dia deve ser dedicado ao combate à violência de gênero.
O que esses professores não sacam é que um pedido desse para crianças é em si
uma violência de gênero e uma covardia, levando-se em conta que são crianças e
que não têm como se defender dos delírios de teóricos bobos. E o pior é que
pais inteligentinhos acham essa bobagem a última palavra em "ética".
Risadas?
Outro
dia ouvi de um menino de sete anos da classe C que sua professora pensava que
ele era uma travesti porque tinha dito na classe que no dia X os meninos deviam
ir vestidos de meninas e vice-versa. Mas, como ele não era uma travesti,
recusou-se a ir vestido de mulher e me falou: "Eu não fui porque não sou
travesti".
Veja,
isso nada tem a ver com travestis adultos ou o direito de o ser (que julgo
inquestionável, do ponto de vista do contrato democrático em que vivemos). Isso
tem a ver com taras teóricas de professoras autoritárias que infernizam a vida
das crianças com suas ideias descabidas.
Digamos
de uma vez por todas: ninguém entende patavina de sexualidade. Mas ficou na
moda dizer que entende.
Imagino
que a autoritária de gênero, a professora desse menino (e de outros tantos e
tantas), veja preconceito na fala dele. Eu vejo nessa professora a alma
totalitária típica desses comissários do bem social. Uma praga que infesta as
escolas e o mundo como um todo.
O
mundo está cheio desses comissários, uma espécie de gente mandona que atormenta
os outros com suas taras teóricas.
A
verdade é que o mundo sempre foi um poço de loucuras, taras e incoerências. Por
que agora passamos a achar que basta se dizer a favor do bem social e essa
pessoa está a salvo de ser um obcecado qualquer exercendo suas taras teóricas
sobre crianças que não têm como se defender diante dessas bobagens? E o pior é
que muitos psicólogos abraçam essa baboseira.
O
segundo exemplo também vem da educação: a decisão de mudar letras de músicas
como "atirei o pau no gato" para coisas como "não atirei o pau
no gato", a fim de fazer com que as crianças não maltratem os gatinhos.
Crianças, na sua maioria esmagadora, sempre amaram gatinhos. Mas crianças não
são anjinhos e, quando o são, são doentes. Por que psicólogos, pedagogos e pais
se unem numa prática ridícula como essa? Ninguém mais quer ter filhos, e os
poucos que têm os torturam com essas ideias bobas.
Duvido
que músicas assim nos façam amar mais os gatinhos, assim como acredito que
existam veganos infames e carnívoros malvados no meio da humanidade. Penso mais
que músicas assim visam apenas satisfazer a tara teórica de algum pedagogo ou
psicólogo que, em vez de estudar a sério, fica embarcando em modinhas. É mais
um exemplo de comissários do bem social.
Esses
caras devem achar que assim não existirão mais guerras no mundo e não
precisaremos mais matar seres vivos para viver. Eis os famosos idiotas do bem.
E,
por último, a terceira ideia: os mandões que querem nos proibir de comer foie
gras em nome do bem dos patinhos. Adoro patinhos. A forma de produzir foie gras
é mesmo feia. Mas, pergunto-me: quem ou o que esses santos contra o foie gras
torturam por trás das cortinas?
Aposto
que a mesma moçada que chora por gatinhos e patinhos não chora por bebês
abortados. Interessante esse cruzamento de (in)sensibilidades, não? 1 - ''O mundo fica a cada dia mais ridículo''.
Substitua a metonímia em 'mundo' por uma palavra que lhe dê um sentido denotativo.
terça-feira, 2 de junho de 2015
sábado, 4 de abril de 2015
Vários
Leia
com atenção
o trecho a seguir para responder às questões de 1 a 3
(Hernâni
Donato. "Desinformação , arma de guerra em 1932", DO Leitura ,
São Paulo, 11(33), junho
de 1933").
1.
Quem são ,
segundo o Governo
Provisório , os dois
inimigos a serem combatidos?
_______________________________________________________________________________
2.
O que significa, e a quem se refere, no contexto ,
a expressão ISSO
FARIAM?
__________________________________________________________________________
3.
Dada a tese
do autor de que
o Governo Provisório
desinformava, como devem ser
interpretadas as ocorrências do futuro do pretérito ,
especialmente FARIAM e DISFARÇARIAM?
__________________________________________________________________________
Leia
atentamente o seguinte
poema de Ângelo de Lima
para responder às questões de 4 a 5.
1 Para-me
de repente o pensamento
2 Como que de repente refreado(1)
3 Na
doida correria
em que
levado
4 Ia
em busca
da paz do esquecimento
5 Para surpreso ,
escrutador,(2) atento
6 Como para um cavalo
alucinado
7 Ante um abismo súbito rasgado.
8 Para e fica, e demora-se um
momento .
9 Para e fica, na doida correria
10 Para à beira do abismo , e se demora .
11 E
mergulha na noite escura
e fria
12 Um olhar de aço , que essa noite explora.
13 Mas a espora da dor seu flanco (3) estria ,
14 E
ele galga
e prossegue sob a espora ...
("Revista Sudoeste ",
Lisboa N.3, 1935, p.4)
1.contido,
reprimido; 2. investigador , pesquisador ; 3. cada
um dos lados
do corpo , dos quadris aos ombros .
4.
Nesse poema , opõem-se o movimento desenfreado para
a frente e o refreamento. Identifique um verso em que esses dois temas se encontrem reunidos.
_______________________________________________________________________________
5.Explique
por que
o pensamento nesse poema ,
é comparado a um "cavalo alucinado". Com
base nisso, identifique o "abismo " à beira
do qual o pensamento
pára e se demora .
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Leia
o poema a seguir
e responda às questões de 6 a 8
Maria
Diamba
1 Para não apanhar mais
2 falou
que sabia fazer
bolos :
3 virou
cozinha .
4 Foi
outras coisas para
que tinha
jeito .
5 Não falou mais :
6 Viram
que sabia fazer
tudo ,
7 até molecas para a Casa-Grande .
8 Depois falou só ,
9 só diante da ventania
10 que vinha do
Sudão;
11 falou
que queria fugir
12 dos
senhores e das judiarias
deste mundo
13 para o sumidouro .
(Jorge de Lima ,
"Poemas Negros ")
6.
Descreva a personagem a que se refere o poema .
Cite algumas passagens do poema que
justifiquem sua resposta .
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7.
O poema narra a história
desta personagem . Que
palavra (s) marca (m)
no poema a evolução
desta história ?
_______________________________________________________________________________
8.
Os versos 8 e 10 apresentam duas novas atitudes
da personagem diante
de si e da história .
Identifique-as.
____________________________________________________________________________
Leia
o poema a seguir
para responder às questões de 09 a 11
Ao diabo o bem estar que
trazia.
E isto
diz que é morte
aquilo onde
estou.
Se morrer , não falto , e ninguém diria:
(Álvaro
de Campos ,"Poesias ")
09.
Identifique duas marcas formais que , no
poema acima ,
contribuem para criar a idéia de monotonia .
__________________________________________________________________________
10.
Do ponto de vista
do "eu lírico ",
que fato
quebra essa monotonia ?
__________________________________________________________________________
11.
Qual a consequência, para
o "eu lírico ",
da quebra dessa monotonia ?
Justifique sua resposta .
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
A
cidade de São
Paulo está com luzes
novas . Volta
ao passado com
lâmpadas amarelas de província . São
Paulo não podia parar .
A vertigem do crescimento
nos enobrecia. Que
progresso era
esse ? Que
nos prometiam os arranha-céus ?
Que nos
prometiam esses dedos
de Deus , cidades
imensas, luzes e janelas
douradas?
É
o sonho do século
19 que não
queremos que se esvaneça (desaparecer ,
extinguir-se). Queremos manter a ideia de que o futuro nos salvará da solidão . As cidades são o desenho do sonho
que tivemos de que
o mundo nos
acolheria. As cidades eram o nosso orgulho e
SP foi a metáfora juscelinista da chegada em algum lugar .
A
cidade talvez
seja mesmo um
ato de amor
e de busca . Talvez
a cidade , mesmo
fria , mesmo
navalha nua, mesmo
corredores de lâmina ,
seja o monumento abandonado de nosso antigo sonho de solidariedade .
A
cidade parece uma árvore .
Tem da árvore o mesmo
gesto de buscar
luz . Quando
vemos uma cidade como
a nossa , sem
natureza , sem
mar , sem
céu , mesmo
assim temos secreto
orgulho de construtores.
(Arnaldo
Jabor, "Folha de S. Paulo",
18/08/91, p. 1-1)
12.
Analise o modo como
o autor reage ante
as dificuldades que
encontra para
viver na grande
cidade .
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
____
13.Nos quatro primeiros parágrafos
de seu texto ,
Arnaldo Jabor refere-se a uma mudança
no aspecto físico
da cidade que ,
segundo ele ,
provoca uma mudança no modo de seus habitantes sentirem a própria
cidade . Partindo desta observação , responda:
a)
a que mudança
física se refere o autor ?
____________________________________________________________________________
b)
que tipo
de reação afetiva
provoca essa mudança nas pessoas ?
___________________________________________________________________________
14.Em sua crônica , Arnaldo Jabor não
crê expressar apenas
uma opinião pessoal ,
mas a dos demais
cidadãos . De que
recurso , de ordem
gramatical e estilística ,
se serve o autor para
causar essa impressão
no leitor ? Exemplifique sua resposta com pelo menos uma passagem
do texto .
____________________________________________________________________________
"Queremos
manter a idéia
de que o futuro
nos salvará da solidão ."
"Talvez a cidade
(...) seja o monumento abandonado de nosso antigo sonho de solidariedade ."
15.Jabor
focaliza um aspecto
da vida na grande
cidade . Comente a esse
respeito , identificando o problema levantado pelo autor .
___________________________________________________________________________
Na luta
contra a Aids
defrontam-se os rigorosos , que exigem respeito
aos princípios preventivos básicos e corretos ,
contra os complacentes (1).
Aqueles exaltam o valor
do relacionamento sexual responsável , o combate efetivo à toxicomania
e a adequada seleção de doadores de sangue .
Os outros preconizam(2) coisas mais agradáveis , como
por exemplo
o emprego desbragado (3)
e a doação gratuita
de camisinha , a distribuição
de seringas com
agulhas a drogados
e a perigosa, além de problemática , lavagem delas
com água
sanitária . Agora ,
os permissivos (4), que
não estão obtendo qualquer
vitória , pois a doença afigura-se cada
vez mais
difundida, ganharam novo aliado :
o Conselho Federal
de Entorpecentes (CONFEN), que concordou com
o fornecimento de seringas
e agulhas , sem
ônus (5), aos viciados. Portanto ,
esse órgão
público associou ilegalidade
à complacência .
(VICENTE
AMATO NETO , médico
infectologista, Painel do Leitor , Folha
de S. Paulo, 18/09/94)
1.
gentil , amável ,
benevolente; 2. recomendar , preconizar ,
aconselhar ; 3.aquele
que se comporta
de maneira a agredir
à descência; 4.que permite; 5.carga , peso , encargo .
16.A
carta acima
fez referência a uma proposta polêmica
do CONFEN (Conselho Federal
de Entorpecentes ): o fornecimento gratuito
de seringas e agulhas
a viciados em drogas
injetáveis.
a)
Caso você concorde com a proposta da CONFEN, escreva uma carta
ao Dr. Vicente Amato Neto , procurando
convencê-lo de que ela
pode de fato contribuir
para evitar a disseminação do vírus
da Aids .
b)
Caso você discorde dessa proposta ,
escreva uma carta ao presidente da CONFEN, procurando convencê-lo de que ela não deve ser posta em prática .
Ao
desenvolver sua
redação , além
de expor suas
opiniões , você
deverá necessariamente levar em
consideração a coletânea
a segui,r Textos para as questões
de 01 a 1. Graças a uma legislação
liberal , a maior
cidade Suíça
(Zurique) criou uma área especial - Letten, uma estação
de trens desativada - onde é possível
comprar e usar heroína em plena luz do dia . (...) Desde
1992, quando os junkies* se mudaram da
Platzpitz, uma praça no centro da cidade ,
para Letten, o consumo
não para de crescer - um fato atestado
pelas 15.000 seringas descartáveis distribuídas diariamente na velha estação .
A única vantagem
é que a distribuição
reduziu o ritmo de disseminação
da Aids .
[*junkies:
termo inglês que significa drogados .]
(O
pico à luz
do dia , VEJA,
2. Em nosso país ,
exige-se o diploma para que alguém aplique injeção
endovenosa ,(que
se aplica no interior da veia) porque pessoas não treinadas criam perigosas situações
para si ou para outros , ao realizar
inoculações(incerir). Fornecer agulhas
e seringas a pessoas
não habilitadas para
seu uso
é como dar u carro a menores de idade ,
ou uma arma
a quem não
sabe utilizá-la. Isso é pelo
menos indesejável
para a sociedade , além de ser ilegal . No caso ,
a ilegalidade se tornaria incontrolável ,
pois o distribuidor
dos medicamentos e agulhas
seria o próprio Estado .
A proposta de um programa como esse não leva em conta a realidade , causando desperdício de recursos
já precários .
Tais propostas
são feitas
por pessoas
que nunca
viram, de fato , como
funciona uma "roda ",
provavelmente dirigentes sem formação médica e sem assessoria adequada (sociológica etc). Não é difícil adivinhar que se trata de um plano que só beneficia vendedores
de agulhas e seringas
e burocratas de escritório ,
não tendo qualquer
consequência para a epidemia
da Aids .
[*roda : prática , comum entre drogados , que
consiste no uso de uma mesma seringa por várias pessoas .]
(Adaptação de VICENTE AMATO NETO
& JACYR PASTERNAK, 'A doação de seringas e agulhas
a drogados ', O ESTADO
DE S. PAULO, 05/09/94)
3. Drogas injetáveis em
Nova York, A distribuição
de seringas para
usuários de drogas
pode diminuir pela
metade a taxa
de propagação do vírus
da Aids neste grupo
de risco . A conclusão
é de uma pesquisa realizada na Universidade John Hopkins, de Nova
York, que envolveu 22 mil pessoas em vários bairros nova-iorquinos .(...)
Existem
200 mil usuários
de metade deles infectados com o vírus da Aids .
(Programa corta em
50% taxa de infecção de
HIV, "Folha de S. Paulo",
02/11/94)
4. [No futuro , pagaremos] caro
pela ignorância
e irresponsabilidade do passado . Acharemos inacreditável
não havermos percebido em tempo , por exemplo , que o vírus da Aids , presente na seringa usada pelo adolescente da periferia
para viajar ao paraíso por alguns instantes ,
infecta as mocinhas da favela ,
os travestis na cadeia ,
as garotas da boate , o meninão esperto , a menina
ingênua , o senhor
enrustido , a mãe
de família e se espalha para
a multidão de gente
pobre , sem
instrução de higiene .
Haverá milhões de pessoas
com Aids ,
dependendo de tratamentos caros e assistência
permanente . (...)
(DRAUZIO
VARELLA, 'A era dos genes ',
"Veja 25 anos " - Reflexões para o futuro , 1993)
01.As
duas cartas acima
são de leitores
expressando suas opiniões
sobre o episódio
de agressão ao governador
de São Paulo em
manifestação de professores
em greve . O veículo
de publicação de cartas - o jornal - impõe um
limite de espaço
para os textos .
a)
combate a pontos
de vista de outros
leitores
b)
construção de comprovações
por meio
de *silogismos
c)
expressão de opinião
sem fundamentos
desenvolvidos
d)
escolha de assunto
segundo o interesse
do editor do jornal
*raciocínio dedutivo
estruturado formalmente a partir
de duas proposições , ditas premissas , das quais ,
por inferência ,
se obtém necessariamente uma terceira , chamada conclusão
(p.ex.: "todos os homens são mortais ; os gregos
são homens ;
logo , os gregos
são mortais ")
02.Em geral , esse tipo de carta no jornal
busca convencer
os leitores de um
dado ponto de
vista .
a)
finalizar com
perguntas *retóricas
para expressar sua argumentação
b)
iniciar com
considerações gerais
para contestar opiniões muito
difundidas
c)
utilizar orações
de estruturação negativa para
defender a posição
e outros
d)
empregar estruturas
de repetição para
reforçar ideias centrais
da argumentação
* a arte de bem argumentar ; arte
da palavra
03.O
fragmento que
expõe a tese de cada
uma das cartas , respectivamente ,
pode ser identificado em :
a)
"Já conhecemos nossos
governantes " / "Quando o ministro
vai achar que
foram transpostos os limites do
tolerável?"
b)
"Só não
conhecíamos ainda nossos
manifestantes " / "a última manifestação
transpusera os limites do
tolerável"
c)
"Nada justifica a agressão física "
/ "Mas os demais
cidadãos brasileiros
não merecem?"
d)
"É esse o papel
de um educador ?"
/ "Primeiro foi uma paulada
no governador de São
Paulo"
04.Pela leitura da
carta de Arthur Costa
da Silva, é possível afirmar
que as perguntas
nela presente têm o seguinte
significado :
a)
questionar as atitudes
dos políticos brasileiros
b)
apontar falhas
no discurso de autoridades
brasileiras
c)
propor uma reflexão
acerca da atitude
dos agressores
d)
mostrar solidariedade
ao comportamento dos manifestantes
(...) "Num país
como o Brasil, onde
se costumava identificar superioridade
intelectual e literária
com *grandiloquência e requinte gramatical ,
a crônica operou milagres
de simplificação e naturalidade , que atingiram o ponto máximo nos nossos dias ."
(Antonio
Cândido )
* modo afetado de se expressar , que abusa de palavras pomposas, rebuscadas
05.Assinale
a alternativa correta .
a)
O autor afirma ser
o Brasil um país
culto , que
despreza a crônica
pela sua
simplicidade .
b)
Segundo o texto ,
os leitores convivem com naturalidade
com o vocabulário
opulento e a sintaxe
rebuscada dos autores
clássicos .
c)
De acordo com
o texto , a crônica
ajudou o leitor brasileiro
a deixar de considerar superior uma obra
literária apenas
pela erudição
do vocabulário e a complexidade gramatical .
d)
Depreende-se do texto que a crônica é
um gênero
literário "menor ",
devido à sua
simplicidade .
e)
A partir do texto ,
conclui-se que a crônica
é um mal
para a literatura : sendo simples , afasta o leitor
das obras sérias.
(Marilena
Chauí)
I
- "Todos os homens
são livres
por natureza
e (...) exprimem essa liberdade pela capacidade
de escolher entre
coisas ou
entre situações
dadas.
II
- "A definição da liberdade como igual direito à
escolha é a IDEIA burguesa da liberdade e não
a realidade histórico-social da liberdade ."
III
- "A ideologia é o resultado da luta
de classes e (...) tem por função esconder a existência
dessa luta ."
IV
- "Os homens (...) são desiguais por natureza e por talento ,
(...) ou por
desejo próprio ,
isto é, os que
honestamente trabalham enriquecem e os preguiçosos empobrecem."
06.Aponte
a alternativa que
indica onde há coerência
de ponto de vista
entre os trechos
numerados e o texto anterior .
a)
I e II. b) II e III. c) III e IV. d) apenas
a III. e) apenas
a IV.
Misael,
funcionário da Fazenda ,
com 63 anos
de idade .
Conheceu
Maria Elvira na Lapa - prostituída, com sífilis , dermite nos dedos , uma aliança
empenhada e os dentes em petição de miséria .
Misael
tirou Maria Elvira da vida , instalou-a
num sobrado no Estácio, pagou médico , dentista ,
manicura ... Dava tudo
o que ela
queria.
Misael
não queria escândalo .
Podia dar uma surra , um tiro , uma facada . Não fez
nada disso: mudou de casa .
Viveram
três anos
assim .
Os
amantes moraram no Estácio, Rocha , Catete , Rua General Pedra , Olaria , Ramos , Bom Sucesso , Vila
Isabel, Rua Marquês
de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua
Clapp, outra vez
no Estácio, Todos os Santos , Catumbi, Lavradio ,
Boca do Mato .
Inválidos ...
07.Aponte
a alternativa correta
em relação
ao texto .
a)
Há um sujeito
que , em
disjunção com
as necessidades básicas da vida , deixa-se manipular
"de corpo e alma "
por outro ,
que detém o poder .
b)
Há um sujeito
que , confundindo as relações
de afeto com
as relações de propriedade ,
tem o seu crime
apresentado sem atenuantes
no último verso .
c)
Há um sujeito
que , desesperado pela
falta de amor ,
não poupou esforços
nem perdão
para aquela que
teria sido sua eleita, se tivesse tido a
competência para
amar .
d)
Há um sujeito
que , por
ser verdadeiramente generoso ,
amante e nem
um pouco
egoísta, retarda a sanção ao traidor .
e)
Há um sujeito
que pode ter
a imagem trocada
no último verso ,
por meio
da leveza e do lirismo
sugeridos pela roupa
com que
é apresentado.
NO MEIO
DO CAMINHO
No meio
do caminho tinha
uma pedra
no meio
do caminho tinha
uma pedra .
na vida
de minhas retinas
tão fatigadas.
no meio
do caminho tinha
uma pedra .
(Carlos
Drummond de Andrade)
I
- A repetição , nesse poema , é expediente ,
de expressividade, pois enfatiza o obstáculo .
II
- O obstáculo configura-se maior que o próprio poeta , ferindo-lhe a vista pelo cansaço .
III
- A repetição , nesse poema , constitui uma redundância
viciosa , isto
é, não traz nenhuma informação
nova .
IV
- Por meio
de cada repetição ,
o poeta vai-se mostrando vencido pelo
obstáculo .
V
- O cansaço é tamanho ,
que se afrouxa a censura
gramatical e justifica-se a troca do verbo
"haver " pelo
"ter " no sentido
de "existir ".
VI
- "Uma pedra ", termo com a função sintática
de sujeito , pela
exagerada repetição , desqualifica o texto , que
acaba produzindo o efeito de brincadeira absurda .
08.Aponte
a alternativa correta
sobre a relação
do texto com
as afirmações anteriores .
a)
Estão corretas apenas as afirmações I,
II, IV e V.
b)
Está correta apenas
a afirmação III.
c)
Está correta apenas
a afirmação VI.
d)
Estão corretas apenas as afirmações IV e
VI.
e)
Estão corretas todas as afirmações.
A FUGA (Fernando Sabino)
-
Para com esse barulho , meu filho -
falou, sem se voltar .
-
Pois então
pára de empurrar a cadeira .
-
Eu vou embora
- foi a resposta .
A
calma que
baixou então na sala
era vagamente
inquietante. De repente o pai olhou ao redor
e não viu o menino .
Deu com a porta
da rua aberta ,
correu até o portão :
-
Viu um menino
saindo desta casa ? - gritou para o operário que descansava diante
da obra , do outro
lado da rua ,
sentado no meio-fio .
-
Saiu agora mesmo
com uma trouxinha - informou ele .
Correu
até a esquina
e teve tempo de vê-lo ao longe , caminhando cabisbaixo
ao longo do muro .
A
trouxa , arrastada no chão , ia deixando pelo caminho alguns
de seus pertences :
o botão , o pedaço de biscoito e - saíra de casa
prevenido - uma moeda
de um cruzeiro .
Chamou-o mas ele
apertou o passinho e abriu a correr em direção à avenida , como disposto a atirar-se diante
do ônibus que
surgia à distância .
-
Meu filho ,
cuidado !
O
ônibus deu uma freada
brusca , uma guinada
para a esquerda ,
os pneus cantaram no asfalto .
O
menino , assustado arrepiou carreira . O pai
precipitou-se e o arrebanhou com o braço como um animalzinho:
-
Que susto
você me
passou, meu filho
- e apertava-o contra o peito comovido.
-
Deixa eu
descer , papai .
Você está me
machucando.
-
Machucando, é? Fazer uma coisa
dessas com seu
pai .
-
Me larga .
Eu quero ir embora .
Trouxe-o
para casa e o
largou novamente na sala
- tendo antes o cuidado
de fechar a porta
da rua e retirar
a chave , como
ele fizera com
a da despensa .
-
Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
-
Fico, mas vou empurrar
esta cadeira .
E
o barulho recomeçou.
09.
O título
do texto introduz, como
ponto central :
a)
uma dificuldade . b) uma exigência . c) um
relacionamento. d) uma ação .
e) um preconceito .
10.O
texto tem como
narrador:
a)
um observador
que narra em
terceira pessoa . b) um
narrador-personagem.
c)
um narrador-onisciente. d) um observador que narra em primeira pessoa .
e)
um personagem
que se analisa e recorda.
11.A
palavra "Fuga "
pode ser igualmente
empregada em
diferentes situações .
Qual delas corresponde à do texto ?
a)
fuga no tempo . b) fuga
na literatura .
c) fuga no sonho . d) fuga
no espaço . e) n.d.a.
12.As
palavras entre
travessões , "saíra de casa prevenido ",
revela, no texto , um
narrador:
a)
preocupado . b) irônico . c) despreocupado. d) alegre . e) triste .
13.
"...juntava ação
às palavras " significa:
a)
falava: abrAÇÃO, aviAÇÃO , corAÇÃO .
b)
catava AÇÃO para pôr na trouxinha.
c)
misturava o final ação
com outras palavras .
d)
agia ao mesmo tempo
que falava.
e)
não sabia formar
palavras .
14.
As frases
"...não estava fazendo barulho , estava só
empurrando a cadeira " e "...onde diabo meteram a chave da despensa ?"
correspondem, respectivamente a:
a)
discurso direto
e discurso indireto .
b)
discurso indireto
e discurso direto .
c)
discurso direto
e discurso direto .
d)
discurso indireto
e discurso indireto .
e)
n.d.a.
[David Ehrenfeld, "A Arrogância do Humanismo "]
15.A
réplica do sutil
professor ao estudante
sugere que
a)
a especialização do saber aprimora a visão de conjunto .
b)
o avanço tecnológico
nem sempre
implica humanização.
c)
a fixação no poder
da ciência faz esquecer
seus limites .
d)
a modernização apressada costuma obrigar a recuos.
e)
a pesquisa perseverante contorna os maiores
obstáculos .
achamos que
a vida é inacabável
Poucas, aliás .
Quantas vezes
você vai se lembrar de
uma certa
de você , que não imagina
a sua vida
sem ela ?
Possivelmente, nem
isso .
Umas vinte, talvez .
(Bernardo
Bertolucci)
16.De
acordo com
o texto :
a)
o homem se desespera
por não
saber quando
morrerá.
b)
o mais importante
na vida é ter
boas lembranças .
c)
uma única boa lembrança
pode tornar a idéia
da morte aceitável .
d)
o homem jamais
se conscientiza da brevidade da vida .
e)
uma infância feliz
faz pensar que
a vida é ilimitada.
O homem
é frívolo e preconceituoso
porque sempre
julga os outros apenas
pelas aparências . É como
ir ao mar e
limitar-se a ficar boiando na superfície
que , apesar
de não oferecer
perigos , é cheia
de detritos . Para
alcançar os mais
lindos corais
e as mais raras espécies
marinhas , será preciso
vencer o medo e lançar-se
às profundezas.
17.De
acordo com
o texto :
a)
a falta de respeito
à natureza por
parte do homem
faz dele um ser
desprovido de bons
sentimentos .
b)
as relações humanas seriam mais verdadeiras e valiosas, se os homens buscassem sempre
a essência de seus
semelhantes .
c)
o mergulhador é elitista porque não
desfruta da praia como
os demais .
d)
a frivolidade e o preconceito
transformam o homem em
um ser solitário .
e)
a frivolidade é a causa
da atração dos seres
humanos pelos
corais .
Sábias são
as pessoas que
fazem suas próprias leis ,
quando sabem que
estão com a razão .
18.De
acordo com
o texto :
a)
as regras estabelecidas devem ser respeitadas.
b)
as regras estabelecidas nunca devem ser
respeitadas.
c)
a sabedoria consiste em viver de acordo com as normas .
d)
a sabedoria e a razão
tornam as pessoas felizes .
e)
a sabedoria consiste no bom senso e na liberdade .
(Hannah
Arendt)
19.Assinale
a alternativa correta ,
de acordo com
o texto .
a)
O governo totalitário é exatamente igual
a todas as tiranias .
b)
O governo totalitário é a mais cruel das tiranias , porque ,
além de isolar
o homem politicamente, também destrói sua
vida privada .
c)
O isolamento é pior
do que a solidão .
d)
Isolamento e solidão
são sinônimos .
e)
O isolamento é a mais
desesperada experiência que o homem
pode ter .
Leia
este trecho
do texto :
A engenharia genética
poderá criar espécies
de plantas e animais .
Resta saber
se as diferenças genéticas
entre as populações
humanas não podem intensificar-se e ser manipuladas para fins de suposta
eugenia e predomínio
racial , para não falarmos da criação
de seres híbridos ,
com resultados
imprevisíveis na bioesfera.
20.Nesse
trecho , o recurso
argumentativo utilizado consiste em
a)
apresentação e explicação
de conceitos .
b)
contraste entre
diferentes abordagens .
c)
enumeração de fatos
que se contradizem.
d)
levantamento de hipótese
e seus desdobramentos.
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